quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Tá tudo errado nesse mundo (imagem ilustrativa - não acompanho mais novelas)




Na minha modesta opinião esse tema deveria ser o mais banal desse mundo se a humanidade tivesse seguido a um conceito básico e simplório de evolução. No entanto, continua tão em voga que é tema para reprise de novela explorando o lado mais pastelão, mais primitivo, imbecil e frívolo da raça humana.

Não bastasse os problemas sérios que afligem a humanidade, não bastasse a natureza estar se comportando de forma atípica, não bastasse as desigualdades sociais, as injustiças, as guerras estúpidas, as intrigas causadas por religião, as pessoas ainda fomentam esse tipo de guerrinha de nervos absurda, ao invés de buscarem uma compreensão mútua que levasse ao bem comum. E a mídia, pra variar, explora esses temas fomentando os sentimentos mais baixos que elevam o ibope, sei lá meu Deus, por que.

Guerra dos sexos: que lindo. Sejamos então todos homossexuais sem o menor preconceito. E repartamos esse mundo como os antigos internatos salesianos: São José para os meninos e Maria Auxiliadora para as meninas. 

Uma coisa que eu me questiono é a praticidade e a utilidade de certas atitudes e hábitos que as pessoas insistem em tomar. Com tanto perigo nas ruas, gente surtando no trânsito, criança drogada de crack que pode ameaçar sua vida, gente desorientada por tudo quanto é canto, eu me pergunto quando é que vai surgir um movimento que se ocupe com o bem viver. A arte de bem viver, de respeitar, de tolerar as diferenças, de respeitar o jeito do outro, de cultivar a gentileza, de dizer bom dia, boa tarde, boa noite, obrigado, por favor, "tchau". Tem gente que nem isso diz. Tem gente que desliga o telefone sem dizer "tchau".

Quanto aos sexos, a situação atinge uma proporção tão ridícula quanto "inconvivível". Houve sim uma revolução feminina nos anos sessenta com a criação da pílula anti concepcional que mudou tudo e isso é muito recente. Até os anos sessenta a natureza tinha projetado as mulheres hormonalmente para procriarem. isso significa que elas deveriam entrar e sair em ciclos constantes de produção de um hormônio chamado prolactina. Esse hormônio, por acaso, estabiliza o humor da mulher e a torna mais dócil. 

Acontece que qual vai ser a doida da mulher sã que vai entrar na vibe de ter um filho atrás do outro com esse mundo do jeito que está? E o preço que a mulher está pagando pela independência de controlar o ato reprodutivo? Em primeiro lugar, ela paga com a própria saúde, em segundo lugar, ela assume todos os papéis possíveis e imaginários que um ser humano é capaz de assumir. Minha avó não sabe o que é TPM. Não é interessante isso?

Eu não vou cair na baixaria de falar que o homem folgou demais depois que a mulher passou a ser provedora da família porque entraria na dita "guerra dos nervos". Mas o fato é que não posso deixar de dizer que a mulher, principalmente depois que é mãe, se acostuma a pensar em todo mundo antes de si. Primeiro ela pensa no filho, depois no marido, aí numa série de obrigações infinitas, aí ela vê na televisão que as atrizes globais têm 50 anos e aparentam 30. Entra numa neura violenta, se acha uó, vai pra praia e não consegue ignorar que o marido não disfarça a baba que escorre pelas gurias de 20. Quando é separada é mais legal: ela tem que impor moral na casa dando uma de "mãe casta", dar conta de tudo e mais dez tantos e o ex dela sai de "tio sukita" pra mostrar pros filhos como ele é "o garanhão". 

Eu não sei como é vida de homem, mas vida de mulher não é fácil e a última coisa que a gente precisa nessa vida é guerrear. Eu não quero medir forças com homem nenhum, mas estou treinada pra virar uma dinossaura, porque tive que aprender a defender a minha cria. Do meu ponto de vista, seja inter ou entre sexos, as palavras são: companheirismo, compreensão e parceria. Mulheres não têm que competir entre si, tem que saber que a sua semelhante tem no pé um calo muito parecido com o seu e os homens... eu sei, lá. Os homens têm que tratar do processo evolutivo deles.